Pequenos agricultores do sertão da Bahia estão colhendo uma boa safra de mamona. Parte da produção já foi comercializada para a extração de biodiesel.
A Bahia deve colher este ano 130 mil toneladas. Mais do que o dobro do que o ano passado. Choveu bastante em março e abril no período de floração, justamente quando a mamona mais precisa de água. Depois, o clima ficou seco, o que também é importante para a cultura.
A mamona necessita de pelo menos 12 horas de sol por dia para se desenvolver e chegar ao ponto de colheita.
Pela primeira vez, quatro mil agricultores familiares da região assinaram um contrato com a Petrobrás para o fornecimento de mamona. “O contrato traz a garantia de que eu não ficar, por exemplo, colhendo a minha produção e depois perguntar se alguém quer comprar”, falou o agricultor Edvaldo Almeida.
O contrato, válido até 2014, garante ainda aos produtores assistência técnica, fornecimento de sementes selecionadas e preço mínimo de R$ 51 por saca.
“Está ótimo. Para a gente que vem se batendo até com dificuldade em outros anos. A gente espera que agora chegou a hora nossa”, falou o agricultor Nilson Rocha.
Parte da produção da região já está sendo beneficiada na cooperativa do município de Lapão que tem capacidade para esmagar 30 toneladas de mamona por dia. O óleo extraído será enviado para uma usina da Petrobrás, onde será transformada em biodiesel.
A Bahia é o Estado que mais produz mamona no país.